sexta-feira, 27 de maio de 2011

COMO FAZER DE SUA IGREJA UM IMPÉRIO


Por Paulo C. S. Santos



1. Endureça o coração. Seja indiferente com apelos de mães, padres, bispos, missionários e pastores em crise ou dificuldades. O sofrimento deles não é problema seu.



2. Seja obstinado. Não deixe ministros, profetas, amigos, colegas, ou qualquer outro convencê-lo a desistir do seu império.


3. Priorize as coisas. Entre coisas e pessoas fique com as coisas.




4. Valorize os números. Não importa quem saiu ou quem entrou, o importante é o saldo.


5. Fale as massas. Não perca tempo com indivíduos, fale a auditórios, trabalhe no atacado.


6. Ignore críticas. Mantenha-se surdo quando for criticado, faça ouvido de mercador, rotule os críticos como invejosos.


7. Esconda vulnerabilidades. Convença a todos que tanto você como sua instituiçao não tem problemas, convença aos outros você não se irrita, que não perde a paciência e que tem tudo sobre controle.


8. Ridicularize os reflexivos. Faça pouco caso de intelectuais, pessoas que estudam e os que são capazes de análises profundas, de modo geral eles são pouco influentes com as massas.


9. Dissimule suas intenções. Nunca, nunca, nunca mesmo deixe os outros descobrirem as suas verdadeiras intenções de formar o seu império eclesiástico. A sua carteira de clientes você chamará de ovelhas, a sua mão de obra barata, você chamará de voluntários, os seus empregados você denominará vocacionados. O que importa é a aparência.


10. Domine a linguagem religiosa. Conheça, use e abuse da linguagem religiosa e dos jargões religiosos.


11. Ofereça entretenimento. Mantenha o povo devidamente entretido com programas que enchem os seus olhos e impressionam os seus sentidos. A música ajuda demais.


12. Mantenha o controle. Sob hipótese alguma permita que o poder que você exerce seja dividido com qualquer pessoa. Não participe de associações, alianças ou entidades que você não possa dar a última palavra. Quanto menos pessoas acessarem os balanços menos problema você terá na sua escalada de poder.


13. Cerque-se de limitados. Observe sua equipe, cuide para que somente você brilhe, verifique que a sua equipe é composta de pessoas medíocres e que nunca o ameaçarão.


14. Invista na estrutura. As paredes e os equipamentos valem mais do que os valores, o conforto impressiona mais do que o cuidado. Entre estrutura e pastoreio as pessoas escolherão estrutura.


15. Atente-se para as necessidades. Observe as necessidades do povo e então ofereça o que eles querem, mesmo que você não seja capaz de entregar ofereça. terá se passado muito tempo entre o momento em que eles aderirem e o dia em que descobrirem que você não tem o produto, nesse período o seu império estará consolidado.


16. Seja místico. O misticismo é vital para atrair pessoas desesperadas e inseguras, ele é capaz de escravizar e cegar. Depois de anos de escravidão no misticismo a libertação é quase improvável e às vezes impossível.


17. Aparente ética. Faça com que todos acreditem que você é uma ilha de ética em um mar de iniqüidade. Abuse do discurso ético, mesmo que suas práticas não sejam condizentes. Discursos éticos impressionam e são fáceis de serem feitos.


18. Ria e chore. O sorriso convence as pessoas que você é simpático, o chore convence que você é sensível. Você não deve ser nada disso, contudo as pessoas devem pensar que é.


19. Opte pelos ricos. Não adiante você ter muita gente sobre seu controle se essas pessoas não tem dinheiro no bolso.


20. Evite aproximações. Mantenha uma distancia segura entre você e seus liderados, suas relações devem ser profissionais. Lembre-se imperadores não tem amigos, apenas súditos.


21. O mais importante. Manipule, a massa gosta e não se importa, mesmo que você um dia seja descoberto ainda existirão muitos a sua volta, o suficiente para manter a igreja-império por muitos anos e ainda garantir que seu filho, ou genro herde esse empreendimento.






É possível que agindo assim você terá em meia década algumas centenas ou mesmo milhares de prosélitos, contribuintes alem do mais importante pessoas que não se cansarão de massagear seu ego, afinal é para isso que servem os Impérios, ainda que os chamemos de igrejas.






Fonte: Revista Ultimato







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quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Volta do Wesleyanismo - por Dr. L. Aguiar Valvassour


Mesmo que seja do conhecimento geral que João Wesley jamais tenha deixado a igreja Anglicana e, pessoalmente, não tenha fundado o Metodismo, muitos dos que conhecem sua história e ministério não duvidam que, depois do apóstolo Paulo, ele foi um dos maiores nomes do Cristianismo.


Sua mensagem e teologia eram tão claras que dos seus ensinos surgiram os fundamentos que a Reforma não tratou porque ela gastou mais tempo e energia com políticas religiosas e reestruturação da igreja como instituição. Ao contrário. A paixão de Wesley era evangelismo: “nada temos a fazer senão ganhar almas” era a frase que sempre saia dos seus lábios.


Sem ele, a Igreja teria permanecido em seu clericalismo e vazios debates teológicos, ainda que uma faceta da Igreja mantém esse comportamento. Porém, renasce em nossos dias um movimento que busca recuperar os ensinos deste gigante.





O quadrilátero wesleyano:




1. As Escrituras: Todo conhecimento de Deus é originário da Bíblia. A Palavra de Deus nos garante segurança absoluta. Nela temos a nossa regra de fé e prática.


2. A tradição: Viver a melhor vida requer a ajuda que vem do legado dos grandes santos da igreja e de nossas ricas tradições religiosas. Os grandes homens da igreja fortaleceram a importância da história e honraram o nome de Jesus.


3. A razão: O fato de Wesley incluir a razão na experiência religiosa demonstra nossa necessidade de entender as reflexões teológicas. Emoção passa, razão solidifica nossa fé.


4. A experiência religiosa: Embora tenha deixado por último em seu quadrilátero, Wesley acreditava numa experiência pessoal com Deus. A experiência confirmava tanto as verdades escriturísticas quanto os ensinos bíblicos. A experiência religiosa é mais que um incidente pensado e sentido. Esse conhecimento é derivado de um encontro pessoal e experimental com Deus. Para os poucos informados, os ensinos de Wesley reacenderam a chama da doutrina do Espírito Santo, sendo ele, Wesley, o pai de todo e qualquer movimento de santidade e pentecostal.


Hoje este movimento tenta reencontrar nos fundamentos da fé genuína com encontros que reúnem pastores de igrejas de raízes wesleyanas. O vento do modernismo populista e da prosperidade ajuntou um amontoado de palha que precisa ser destruída pelo fogo do verdadeiro avivamento bíblico.
Estamos em busca de tal momento. Os wesleyanos estão em movimento.




Dr. L. Aguiar Valvassoura é Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Nazarena de Campinas – BrasilDoutor Honoris Causa pela Universidade Nazarena de Point Loma – EUA
E atualmente é pastor titular da Igreja do Nazareno Central de Campinas, São Paulo.


Biografia completa: http://www.nazareno.com.br/site/pastores.php
Fonte: http://www.nazareno.com.br/site/editorial/2010/05/a_volta_do_wesleyanismo

SOBRE A PREDESTINAÇÃO

John Wesley
'Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem
de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que
predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos
que justificou, a estes também glorificou'.(Romanos 8:29, 30)
1. 'Nosso amado irmão Paulo', diz Pedro, 'de acordo com a sabedoria que é dada a
ele, tem escrito a vocês; assim também em todas as suas Epístolas, falando nelas dessas
coisas; nas quais estão algumas coisas difíceis de serem entendidas, e que eles que são
incultos ou inseguros interpretam mal, como fazem também com as outras Escrituras, para
a própria destruição deles. (II Pedro 3:15, 16)
2. Em meio a essas coisas faladas por Paulo, que são difíceis de serem entendidas,
não é improvável que o Apóstolo Pedro situasse o que ele fala sobre este assunto no oitavo
e nono capítulos de sua Epistolas aos Romanos. E é certo que não apenas o inculto, mas
muitos da maioria dos homens letrados do mundo, e não apenas o 'inseguro', mas muitos
que pareceram bem alicerçados nas verdades do Evangelho, têm, por diversos séculos,
'interpretado mal' essas passagens 'para a própria destruição deles'.
3. Nós podemos aceitar que elas sejam 'difíceis de serem entendidas', quando
consideramos quanto os homens de um entendimento melhor, aperfeiçoado por todas as
vantagens da educação, têm continuamente diferido no julgamento concernente a elas. E da
própria consideração, de que existe tão ampla diferença, sobre o assunto, entre os homens
de um maior aprendizado, consciência, e piedade; o que alguém poderia imaginar fosse
fazer com que todos falassem sobre o assunto, com excessiva cautela e reserva. Mas eu não
sei como, justamente o contrário é observado em toda parte do mundo cristão. Nenhum
escritor sobre a terra parece mais experiente que esses que escrevem sobre este assunto
difícil. Mais do que isto, os mesmos homens que, escrevendo sobre qualquer outro assunto,
são notavelmente modestos e humildes, com respeito a este, colocam de lado toda a dúvida
sobre si mesmo, e falam de uma cátedra infalível.
Isto é particularmente observável, em quase todos aqueles que afirmam as leis
absolutas de Deus. Mas certamente é possível evitar isto: o que quer que seja que
propomos, pode ser proposto com moderação, e com deferência àqueles homens bons e
sábios que são de opinião contrária; e o preferível, porque tanto tem sido dito já, em todas
as partes da questão; tanto volumes têm sido escritos, que é raramente possível afirmar algo
que não foi falado antes. Tudo que eu puder oferecer no momento, não aos amantes da
contenda, mas aos homens de piedade e candura, são algumas poucas dicas, que, talvez,
possa lançar alguma luz no texto acima citado.
4. Quanto mais freqüentemente e cuidadosamente, eu tenho considerado isto, mais
eu estou inclinado a pensar que o Apóstolo não está descrevendo aqui (como muitos têm
suposto), uma série de causas e efeitos; (isto não parece ter entrado no seu coração); mas
simplesmente mostrar o método como Deus opera; a ordem na qual os diversos ramos da
salvação constantemente seguem um ao outro. E isto, eu compreendo, irá trazer
esclarecimentos a algum inquiridor sério e imparcial, examinando a obra de Deus, de um
lado ao outro; do começo ao fim, ou do fim ao começo.
5. Em Primeiro Lugar, vamos olhar adiante em toda a obra de Deus, na salvação
do homem; considerando-a, do começo, o primeiro ponto, até terminar na glória. O
Primeiro passo é a presciência de Deus. Deus "pré-viu" aqueles em todas as nações; aqueles
que iriam crer, desde o começo do mundo até a consumação de todas as coisas. Mas, com o
objetivo de lançar uma luz sobre esta questão obscura, dever-se-ia observar que, quando
nós falamos da presciência de Deus, nós não falamos de acordo com a natureza das coisas,
mas segundo a maneira de homens. Porque, se nós falarmos propriamente, não existe tal
coisa como presciência, ou pós-ciência em Deus. Todo o tempo, ou preferivelmente, toda a
eternidade (para os filhos dos homens), é o momento presente para Ele; Ele não conhece
uma coisa em um ponto de vista, mas do eterno para o eterno. Como todo o tempo, com
tudo que existe nele, é o momento presente para Ele, então, Ele vê, de imediato, o que quer
que foi ou será até o fim dos tempos.
Mas observe: Nós não devemos pensar que eles existem, porque Ele os conhece.
Não: Ele os conhece, porque eles existem. Justamente como (se é permitido a alguém
comparar as coisas de homens com as coisas profundas de Deus) eu sei que o sol brilha:
Ainda assim, o sol não brilha, porque eu o conheço, mas eu sei disto, porque ele brilha.
Meu conhecimento supõe que o sol brilhe. Mas de maneira alguma, causa isto. De igual
maneira, Deus sabe que aquele homem peca; porque ele conhece todas as coisas: Ainda
assim, nós não pecamos porque ele sabe disto, mas ele sabe disto, porque nós pecamos; e
seu conhecimento supõe nosso pecado; mas, de maneira alguma, é a sua causa. Em uma
palavra, Deus, olhando para todas as épocas, da criação à consumação, como sendo um
momento, e vendo, de imediato, o que está nos corações de todos os filhos dos homens,
sabe cada um que crê e que não crê, em todas as eras e nações. Ainda assim, o que ele sabe,
quer seja fé ou descrença, não é, de forma alguma, causada por seu conhecimento. Os
homens são livres para crerem ou não, como se Ele não soubesse disto, afinal.
6. De fato, se o homem não fosse livre, ele não seria responsável, quer pelos seus
pensamentos, palavras ou ações. Se ele não fosse livre, ele não seria capaz, quer da
recompensa ou punição; ele seria incapaz da virtude ou do vício; de ser tanto moralmente
bom quanto mal. Se ele não tivesse mais liberdade que o sol, a lua, ou as estrelas, ele não
seria mais responsável do que eles. Na suposição de que ele não teria mais liberdade do que
eles, as pedras da terra seriam tão capazes da recompensa, ou sujeitas à punição quanto o
homem: Um seria tão responsável quanto o outro. Ainda assim, seria tanto um absurdo
afirmar a virtude ou o vício dele, quanto afirmar isto à um tronco de árvore.
7. Mas, prosseguindo: 'Aquele que Ele conheceu com antecipação, é quem Ele
predestinou ser conforme a imagem de seu Filho'. Este é o Segundo passo (para falar,
segundo a maneira dos homens: Porque, em efeito, não existe antes ou depois em Deus):
Em outras palavras, Deus decreta, da eternidade para a eternidade, para que todos os que
crêem no Filho de seu amor sejam conforme a sua imagem; sejam salvo de todo pecado
interior e exterior, na santidade interior e exterior. Assim sendo, é fato claro e inegável que
todos os que verdadeiramente crêem no nome do Filho de Deus 'recebem' agora 'a
finalidade de sua fé, a salvação de suas almas'; e isto na virtude do imutável, irreversível e
irresistível decreto de Deus, -- 'Ele que crê deverá ser salvo'; 'ele que ao crê, deverá ser
condenado'.
8. 'Quem Ele predestinou, a este, Ele também chamou'. Este é o Terceiro passo
(ainda lembrando que falamos, segundo a maneira de homens): Para expressar isto um
pouco mais largamente: De acordo com o Seu decreto fixo, de que os que crêem deverão
ser salvos, estes a quem Ele previu, como tal, Ele chamou exteriormente e interiormente, --
exteriormente, através da palavra de Sua graça; e interiormente, através do Seu Espírito.
Esta aplicação interior de Sua palavra no coração parece ser o que alguns denominam de
'chamado eficaz'. E ele implica, o chamado dos filhos de Deus; a aceitação deles 'no
Amado'; a justificação deles 'livremente pela sua graça, através da redenção que está em
Jesus Cristo'.
9. 'A quem Ele chamou, a eles Ele justificou'. Este é o Quarto passo. Geralmente se
permite que a palavra, 'justificado', seja compreendida em seu sentido especifico; o que
significa que Ele os tornou justos ou retos. Ele executou seu decreto, 'ajustando-os à
imagem de seu Filho'; ou, como falamos usualmente, os santificou.
10. 'A quem Ele justificou, Ele também glorificou'. Este é o Último passo. Tendo
feito deles 'parceiros na herança dos santos na luz', Ele deu a eles 'o reino que lhes foi
preparado, antes da criação do mundo'. Este é o mandamento, em que 'de acordo com a
deliberação de Sua vontade', o plano que Ele estabeleceu da eternidade, Ele salva aqueles a
quem ele pré-conheceu; os verdadeiros crentes, em todos os lugares e gerações.
11. A mesma grande obra de salvação pela fé, de acordo com a presciência e decreto
de Deus, pode aparecer, sob uma luz ainda mais clara, se nós a virmos de trás para frente,
do fim para o começo. Suponha, então, que você esteja com 'a grande multidão que
nenhum homem pode contar, de toda a nação, e língua, e família, e pessoas'; que 'louvou
ao Ele que está sentado no trono, e junto ao Cordeiro, para sempre e sempre', você não
encontraria um entre eles todos que tivessem entrado na glória, que não fosse testemunha
daquela grande verdade, 'Sem santidade, homem algum verá ao Senhor'; 'ninguém daquela
companhia incomensurável foi santificado, antes que tivesse sido glorificado'. Através da
santidade, ele foi preparado para a glória; de acordo com a vontade invariável do Senhor,
aquela coroa, adquirida, por meio do sangue de seu Filho, poderá ser dada a ninguém, a não
ser àqueles que são nascidos de novo, através de seu Espírito. Ele se torna 'o autor da
salvação eterna', apenas 'a eles que o obedecem'; 'e obedecem a Ele, interior e
exteriormente; que são santos no coração, e santos em todos os seus modos de vida'.
12. E, se você pudesse dar uma olhada naqueles que estão agora justificados, você
não encontraria um deles que tenha sido santificado, até que tivesse sido chamado. Ele
primeiro foi chamado, não apenas com um chamado externo, através da palavra e dos
mensageiros de Deus, mas, igualmente, com um chamado interior, através de Seu Espírito,
aplicando Sua palavra, capacitando-o a crer no Unigênito Filho de Deus, e testemunhando
com seu espírito que ele é um filho de Deus. E foi, através deste mesmo meio que eles
todos foram santificados. Foi, através da consciência do amor de Deus, espalhado em seu
coração, que cada um deles foi capacitado a amar a Deus. Amando a Deus, ele amou seu
próximo, como a si mesmo; e tem o poder de caminhar em todos os seus mandamentos,
imaculado. Esta é a regra que admite nenhuma exceção. Deus chama um pecador, por sua
iniciativa, ou seja, o justifica, antes de santificar. E, por meio disto, a consciência de Seu
favor, Ele opera nele aquela gratidão e afeição de filho, do qual brota todo temperamento
bom, e palavra e obra.
13. E quem são eles que são assim chamados por Deus, a não ser aqueles que Ele
antes predestinou, ou decretou, 'a serem conforme a imagem de seu Filho?'. Este decreto
(ainda falando, segundo a maneira dos homens) precede todo o chamado dos homens. Cada
crente foi predestinado, antes que ele tivesse sido chamado. Porque Deus não chama
alguém, a não ser 'de acordo com a deliberação de Sua vontade'; de acordo o plano de ação
que Ele estabeleceu antes da fundação do mundo.
14. Uma vez mais: Já que todos que são chamados foram predestinados, então,
todos a quem Deus tem predestinado, Ele pré-conheceu. Ele conheceu; Ele os viu como
crentes, e como tais, os predestinou à salvação, de acordo com seu decreto eterno, 'Ele que
crê será salvo'. Assim, nós vemos todo o processo da obra de Deus, do fim ao começo.
Quem está glorificado? Ninguém, a não ser aqueles que foram antes santificados. Quem
está santificado? Ninguém, a não ser quem foi antes justificado. Quem está justificado?
Ninguém, a não ser aqueles que foram primeiro predestinados. Que está predestinado?
Ninguém, a não ser aqueles a quem Deus pré-conheceu como crentes. Assim, o propósito e
palavra de Deus se mantêm inabaláveis, como os pilares dos céus: -- 'Ele que crê será
salvo; ele que não crê será condenado'. E, assim, Deus está limpo do sangue de todos os
homens; uma vez que, quem quer que pereça, perece por seus próprios atos e façanhas.
'Eles não virão comigo', diz o Salvador de homens; e 'não existe salvação em nenhum
outro'. Eles 'não crerão'; e não existe outro caminho; quer para a salvação presente ou
eterna. Portanto, o sangue deles está sobre suas próprias cabeças; e Deus ainda está
'justificado em dizer' que ele 'deseja que todos os homens sejam salvos, e venham ao
conhecimento de Sua verdade'.
15. A soma de tudo isto é: o Altíssimo, Todo sábio, Deus, vê e conhece, da
eternidade para a eternidade, tudo que é, foi e será, através de um eterno agora. Com Ele
nada é passado ou futuro, mas todas as coisas igualmente presentes. Ele tem, portanto, se
falarmos, de acordo com a verdade das coisas, nenhuma presciência; nenhuma pós-ciência.
Isto seria nada consistente com as palavras do Apóstolo, 'Com Ele, não existe inconstância
ou sombra de desvio'; e com o relato que Ele dá de Si mesmo, através do Profeta, 'Eu, o
Senhor, não mudo'. Ainda assim, quando Ele nos fala, sabendo onde fomos feitos; sabendo
a insuficiência de nosso entendimento, Ele se permite descer até a nossa capacidade, e fala
de Si mesmo, segundo a maneira de homens. Assim, em condescendência à nossa fraqueza,
Ele fala de seu propósito, deliberação, plano, presciência. Não que Deus tenha alguma
necessidade de recomendar, de propor, ou de planejar Sua obra antecipadamente. Que esteja
muito longe de nós imputarmos isto ao Altíssimo; mensurá-lo por nós mesmos! É
meramente em compaixão a nós que Ele fala assim, de si mesmo; como prevendo as coisas
no céu ou terra, e como as predestinando ou pré-ordenando. Mas nós podemos imaginar
possível que essas expressões devam ser tomadas literalmente? Para alguém que fosse tão
grosseiro em suas concepções, Ele não poderia dizer: 'Pensas que eu sou tal como tu és?
Não, mesmo! Assim como os céus são mais excelentes que a terra, então meus caminhos
são mais excelentes que os teus. Eu conheço, decreto, trabalho, de tal maneira, como se
não fosse possível a ti compreender: mas para dar a ti algum conhecimento tênue, e
luzente dos meus caminhos, eu uso a linguagem dos homens, e me ajusto à tua
compreensão neste teu estado pueril de existência'.
16. O que é isto, então, que nós aprendemos de todo este relato? Trata-se disto e
não mais: -- (1) Deus conhece todos os que crêem; (2) deseja que eles sejam salvos do
pecado; (3) com esta finalidade, justificá-los, (4) santificá-los e (5) conduzi-los até a glória.
Ó, que os homens possam louvar ao Senhor por esta sua bondade; e que eles possam
estar contentes com este claro relato disto, e não se esforcem para atacarem aqueles
mistérios que são tão profundos, até mesmo para os anjos sondarem!
[Editado por Dave Giles e George Lyons no Northwest Nazarene College (Nampa,
ID), para a Wesley Center for Applied Theology.]
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[Excerto da carta escrita por George Whitefield (defensor da predestinação) em
resposta ao sermão de John Wesley (defensor da Justificação pela fé), 'Graça Livre" –
tradutora]
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George Whitefield ao Sr John Wesley: "Não, meu caro, Senhor, você errou!".
George Whitefield
ao Rev. Mr. John Wesley
Em resposta ao Sermão do Sr. Wesley, intitulado·
“Graça Livre”
“E chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível”.
(Gal. 2:11)
PREFÁCIO
“Eu estou muito consciente dos diferentes efeitos que a publicação dessa carta,
contra o prezado Sermão do Sr. Wesley, irá produzir. Muitos dos meus amigos que são
defensores estrênuos da redenção universal serão imediatamente ofendidos. Muitos que são
zelosos, por outro lado, serão muito regozijados. Eles dois são tépidos, de ambos os lados, e
são levados por argumentações carnais, o que faz com que esse assunto nunca possa ser
levado sob debate”.
“As razões que eu dei, no começo da carta, eu penso que são suficientes para
satisfazer toda a minha conduta nela. Eu desejo, então, que eles, que abraçam a eleição, não
triunfem e comemorem, por um lado (porque eu detesto qualquer coisa desse tipo) – e que
eles, que são preconceituosos contra esta doutrina, não se sintam muito consternados ou
ofendidos uns com os outros”.
“Conhecidos por Deus são todos os seus caminhos, desde o começo do mundo. O
grande dia irá revelar porque o Senhor permite que o querido Sr. Wesley e eu tenhamos
maneiras tão diferentes de pensar. No momento, eu não devo fazer indagações nesse
assunto, além do relato o qual ele mesmo tem dado dele, na carta que se segue, e que eu
recentemente recebi das suas prezadas mãos”.
Londres, Agosto 9, 1740
John Wesley responde ao Sr. George Whitefield
Meu prezado Irmão,
“Eu agradeço a você pela sua carta de 24 de Maio. O caso é
bastante evidente. Existem os fanáticos, tanto a favor da predestinação
quanto contra ela. Deus está enviando uma mensagem àqueles de
ambos os lados. Mas ninguém irá recebê-la, exceto aqueles que tenham
opinião própria. Por essa razão, nesse momento, você é permitido ser de
uma opinião e eu de outra. Mas, quando o tempo chegar, Deus irá fazer
o que o homem não pode, ou seja, fazer-nos ambos com uma mente
apenas”.
“Então, persecução irá se extinguir, e será visto, se nós
consideramos nossas vidas preciosas para nós mesmos, de modo que
possamos terminar nossa jornada com alegria”.
Eu sou, meu mais querido Irmão,
Sempre seu,
J. Wesley
“Assim, meu honrado amigo, eu oro fervorosamente a Deus para
apressar o tempo, para que ele seja claramente iluminado em todas as
doutrinas da divina revelação, para que possamos estar, assim,
intimamente unidos, em princípio e julgamento, tanto quanto em
coração e afeição. E, então, se o Senhor puder nos chamar para isso, eu
não me importo, se eu for com ele, para a prisão, ou para a morte.
Porque como Paulo e Silas, eu espero que possamos cantar louvores a
Deus, e levarmos isto em conta de nossa enorme honra em sofrer pela
causa de Cristo, e dispor nossas vidas pelos irmãos”.
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

EVANGÉLICOS E CATÓLICOS NA MIRA DA POLICIA.



Evangélicos e Católicos serão presos no Brasil por causa de homofobia

16.05.2011 - Está para ser aprovado pelo Congresso Nacional Brasileiro uma Lei inédita no Mundo, algo que destruirá a Constituição Brasileira e fará ressurgir no Brasil algo pior que a ditadura militar do Brasil, falo do PL 122, uma lei que impedirá o direito de expressão e reprimirá e punirá aqueles que são Cristão.

Não se assuste com essa introdução e com o título, mas esteja atento a fatos e acontecimentos na atualidade que acontecem no cenário político brasileiro, que não são divulgados claramente pela mídia, será o fim dos princípios genuínos defendidos pelos amantes da liberdade de expressão. Teremos uma classe com privilégios jamais vistos no cenário do direito mundial. Os juristas e seguimentos do direito em nossa sociedade estão cientes e coniventes com uma criação de uma Lei que anulará o principio da isonomia em nossa constituição.

O PL 122 é um flagrante inconstitucional e significa a implantação do totalitarismo e do terrorismo ideológico de Estado, com manifesta violação dos direitos à igualdade, à livre manifestação do pensamento, à inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, à não-discriminação por motivos de crença religiosa, convicção filosófica e política, e ao devido processo legal material ou substantivo (art. 5.º, caput, IV, VI, VIII, LIV, da Constituição).

Costuma-se dizer que direito é bom senso. E isso é inteiramente verdadeiro. Esse é um modo mais simples de afirmar que o direito é razão, isto é, deve ser racional, lógico, coerente. Uma norma jurídica ilógica, desarrazoada, contrária à natureza das coisas, não deveria obrigar quem quer que fosse, não deveria estar no mundo jurídico e nem mesmo no mundo dos fatos. Onde não há lógica, não há direito.

Um observador atento notará que a essência do PL 122 já está sendo implantado na sociedade brasileira, pois cada vez mais espaço e maior influência nos meios de comunicação de massa. Todos os dias os brasileiros recebem enxurradas, avalanches do contexto da PL 122, pela televisão (com especial destaque para as telenovelas, que há décadas vêm, deliberadamente, minando os valores mais caros à família brasileira), pela mídia escrita e eletrônica, cinema, teatro, literatura, música, e universidades, estas redutos do esquerdismo. Trata-se de anos e mais anos de deformação da opinião pública e de embotamento do senso crítico da população.

Aprovada o PL 122 a imoralidade que perverte homens e mulheres estará legalizada em nosso Pais, edificada sobre as cinzas do princípio da isonomia, este principio está consagrado no art. 5º, caput, da CF “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Também está disperso por vários outros dispositivos constitucionais, tendo em vista a preocupação da Carta Magna em concretizar o direito a igualdade.

O Projeto de Lei 122 criminaliza qualquer ação, opinião ou crítica que venha a ser interpretada como discriminação ou preconceito quanto ao homossexualismo no Brasil, com pena de 2 a 4 anos de prisão. Sendo assim, fere a liberdade religiosa e de expressão, direitos garantidos pela Constituição brasileira, expressas no artigo 5º, incisos 4, 6, 8 e 9. “Essa é uma lei vergonhosa, que finge proteger a prática homossexual, porém, sua intenção real é colocar uma mordaça na sociedade e criminalizar os que são contra o comportamento homossexual.

Com essa lei querem atingir as famílias, as questões religiosas e a liberdade de expressão”, o artigo 1º: Serão punidos na forma desta lei os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gêneros.A proposta desta lei tentará se escorar na questão de raça e religião para se beneficiar. O perigo do artigo 1º é orientação sexual. Está é primeira porta para a pedofilia. É bom resaltar que o homossexualismo é comportamental, ninguém nasce homossexual; este é um comportamento como tantos outros do ser humano.

É inconstitucional o artigo 4º: Praticar o empregador, ou seu preposto, atos de dispensa direta ou indireta. Pena: reclusão de 2 a 5 anos. Não serão os pais que vão determinar a educação dos filhos — porque se os pais descobrirem que a babá dos seus filhos é homossexual, e eles não quiserem que seus filhos sejam orientados por um homossexual, poderão ir para a cadeia.

É um descalabro o artigo 8º- A: Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público, em virtude das características previstas no artigo 1º desta lei. Pena: reclusão de dois a cinco anos. Isto significa dizer que se um pastor, ou padre, ou diretor de escola — que por questões de princípios — não queira que no pátio da igreja, ou escola haja manifestações de afetividade, irão para a cadeia. No artigo 8º-B: Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs. Pena: reclusão de dois a cinco anos. O princípio do comentário é o mesmo que o do anterior, com um agravante: a preferência agora é dos homossexuais; nós, míseros heterossexuais, podemos também ter direito à livre expressão, depois que é garantida aos homossexuais. O parágrafo do artigo que vamos comentar a seguir "constituiu efeito de condenação".

Aqui está o dispositivo legal do lei que permite que católico e evangélico sejam processados e presos,o artigo 16º, parágrafo 5ª: O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica. Aqui está o ápice do absurdo: o que é ação constrangedora, intimidatória, de ordem moral, ética, filosófica e psicológica? Com este parágrafo a Bíblia vira um livro homofóbico, pois qualquer homossexual poderá reivindicar que se sente constrangido, intimidado pelos capítulos da Bíblia que condenam a prática homossexual, cabendo até a apreenção da Bíblia bem como os seus detentores, ou seja Pastor e Padre serão algemados, presos por policiais como criminosos por não cumprirem a lei.

É a ditadura da minoria querendo colocar a mordaça na maioria. O Brasil é formado por 90% de cristãos. Não queremos impedir ou cercear ninguém que tenha a prática homossexual, mas não pode haver lei que impeça a liberdade de expressão e religiosa que são garantidas no Artigo 5º da Constituição brasileira. Para qualquer violência que se cometa contra o homossexual está prevista, em lei, reparação a ele; bem como assim está para os heterossexuais.

A PL-122 não tem nada a ver com a defesa do homossexual, mas, sim, quer criminalizar os contrários à prática homossexual — e fazem isso escorados na questão do racismo e da religião.

Quero afirmar aqui que caso seja aprovada o PL 122 no Brasil não temerei, serei preso e morto se for necessário defendendo Jesus Cristo, lutarei e que muitos de nós lutaremos até o último de nossos soldados e representantes da Nação Celestial, pois amamos os pecadores, mas não aceitamos a prática do pecado, e desejamos ter liberdade de expressão defendendo a bíblia, sou contra a violência a homossexuais, mas desaprovamos conduta homossexual.

No entanto temos ainda uma oportunidade de impedir que a PL 122 seja aprovada, para isso conclamo aqui de público a você internauta para ajudar nessa luta em favor da família e da liberdade de expressão.

Entre no site www.senado.gov.br/senadores e envie para os representantes do seu estado: "Sr. Senador, rejeite o PL122/2006. Em favor da família, em favor da liberdade de expressão e abaixo a pedofilia." Quem desejar pode ainda enviar esse pedido para os senadores dos demais estados da federação.

Precisamos nos unir como Exército de Deus aqui na Terra, Evangélicos e Católicos e mesmo aqueles que não são religiosos estão convocados como aliados para juntos nessa batalha pela liberdade de expressão no Brasil, algo comum a todos nessa Nação.

Que essa palavra viva seja instrumento para alertar a sociedade dos perigos que nos cercam, hoje e sempre, amém!



Por Érico Teixeira - 45graus.com.br - palavra-viva@45graus.com.br