quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Capela de Ossos-Evora


CAPÉLA DE ÉVORA EM PORTUGAL , CONTÉM 5000 ESQUELETOS DE CRISTÃOS ASSASSINADOS PELA INQUISIÇÃO.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Damião e a zabumba.




Em Pernambuco, no Quarto Distrito Rural de Caruaru, numa feliz investida evangelística, Damião, um matuto morador daquelas bandas foi alcançado pelo amor de Deus. Um homem envolvido com os movimentos culturais de base, lá no Sítio Serrote dos Bois, zabumbeiro “marrudo”, “triangueiro” de marca maior, entregou sua vida a Jesus… Largou a “bebedice”, o cigarro, a jogatina, a prostituição, “deu de mão para o pecado”, “passou pra lei de crente”, pela graça de Deus se tornou uma nova criatura. Mas, ainda na alegria do primeiro amor, teve uma notícia que o deixou sem jeito. Um religioso, “cheio de boas intenções” o advertiu:- Damião, esqueça a zabumba e o triângulo. Daqui para frente você é um servo de Deus e Deus não gosta dessas coisas!Damião engoliu seco. A notícia bateu no seu coração como uma paulada. De forma que a situação entristeceu aquele “cabra” recém-convertido. Porém, como todo bom matuto, o sujeito ficou desconfiado com a história…- “Ôxente!” Onde é que tem isso na bíblia?Perguntou Damião a si mesmo. Então, começou uma busca bereana, de Gênesis a Apocalipse, procurava diligente onde era que tinha na Bíblia que tocar zabumba era pecado. Procurou, procurou e nada… Não havia nenhuma referência no Livro Santo, do repúdio de Deus aos seus queridos instrumentos musicais. Damião, convertido, se convenceu:- O irmão “tá” errado!Concluiu categórico. E a partir daí começou a tentar convencer seus líderes a deixá-lo fluir na condição de músico regional. Tentou daqui, tentou dali até que conseguiu dobrá-los. Resultado: Hoje ele toca sua zabumba, num grupo que ele mesmo fundou, chamado Banda Sertão Cristão Nordestino, junto com outros forrozeiros convertidos. Evangelizando seus vizinhos do Quarto Distrito Rural de Caruaru e tantos outros conterrâneos, da imensa região brasileira chamada sertão nordestino.De fato, Damião está com razão, tem fundamento as suas convicções, não há pecado em ser cristão contextual, mas onde começou toda esta história de que tocar zabumba e triângulo na igreja é pecado? Esta celeuma vem lá da origem da Igreja no Brasil. Muito embora seja inegável a importância que a igreja tem, ao longo da sua existência, como promotora de cultura, onde grandes pensadores, artistas, educadores, teólogos e tantos outros cristãos, têm contribuído com a cultura na qual estão ou estiveram inseridos. Particularmente, desde os nossos primeiros missionários, constatamos uma patente preocupação e zelo destes pioneiros evangelistas na instituição de estabelecimentos de ensino, que contribuíram, de forma profícua com o enriquecimento cultural de várias gerações (veja por exemplo, a criação dos colégios batistas e da escola Mackenzie). Por outro lado, boa parte destes mesmos pioneiros religiosos, rechaçou as manifestações culturais populares brasileiras, expressas por uma gama extraordinária de ritmos, folguedos, figurinos e tantos outros costumes e elementos que nos são peculiares (entre eles, por exemplo, o forró de Damião e sua zabumba). Como se estes homens, vindos de terras tão distantes, com tanta abnegação e obediência ao Pai, tivessem trazido na bagagem, além da Bíblia, a sua cultura. Sendo que a Bíblia eles pregaram com amor e a cultura eles impuseram com rigor.Ainda hoje, em muitas comunidades cristãs, notamos o mesmo empenho e esforço na promoção da formação acadêmica da sociedade na qual estão inseridas, fato que é louvável, mas infelizmente, ao mesmo tempo, inapropriadamente, estas mesmas instituições criam barreiras enormes, verdadeiras cortinas de ferro nas suas portas, deixando do lado de fora toda riqueza da cultura popular brasileira, e não só isso, tentam desestimular a Eclésia a fomentar quaisquer tipo de produção cultural que aponte no sentido do que é nosso.Talvez por zelo inadequado ou preconceito, a mensagem do Evangelho que rende tantos frutos, muitas vezes vem aliada, de maneira anacrônica, a exclusão de um culto contextual, moldado à nossa belíssima cultura. Somem-se a este fato, os esforços que são envidados em ensinos de falsos conceitos sobre o uso destes mesmos elementos fora do ambiente eclesiástico. Desaconselhando a igreja a não se envolver com “coisas” como a zabumba e o triângulo de Damião. De forma que, as mesmas pessoas que têm enriquecido a tantos com o ensino da graça redentora de Cristo e na formação acadêmica dos seus seguidores, atuam empobrecendo o meio em que vivem, pelo afastamento das nossas expressões culturais de raiz. Sucedendo que a mesma igreja que constrói grandes estabelecimentos de ensinos e belas catedrais, ao mesmo tempo moldou estas instituições à cultura estrangeira. (leia-se: principalmente, americana e européia).Que grande desperdício! Um lamentável equívoco, que ainda hoje encontra seio, entre muitas igrejas históricas. Onde a definição do que é sacro e do que é profano, se confunde entre o que é americano e o que é brasileiro, entre o que é britânico e o que é tupiniquim, entre o que é popular e o que é erudito. E vai caminhando assim, patinando na lógica e na razão, se fechando radicalmente a tudo o que é próprio do nosso povo, com se a graça comum fosse incapaz de alcançar nossa querida nação brasileira, ou como se o dom criativo popular fosse propriedade do pecado, ou “coisa do capeta”, como se Deus fosse apenas, Deus para os eruditos.Porém, como todo movimento reacionário incita uma manifestação contrária, esta “clausura cultural cristã”, parece ter suscitado, principalmente, entre os neo-pentecostais, uma nova comunidade disposta a quebrar paradigmas, a romper de vez com o tradicionalismo, que impôs limitações a produção cultural. Porém, esse contra-movimento, veio com tanto ímpeto que, em muitos casos, ultrapassou as raias do bom senso, caindo no outro extremo, fato que não é difícil se verificar. Veja quantas expressões culturais que conflitam com a Palavra de Deus têm sido corrente no nosso meio. Muitos dos “nossos” cultos, por exemplo, estão impregnados da cultura afro-religiosa, extrapolando todos os limites do sincretismo. É só ligar a televisão e o que se vê, na maioria das vezes, é um Pr. vestido de pai de santo promovendo sessões de descarrego, ou culto da rosa ungida, entre outros e outros descaminhos.O uso inconseqüente da cultura popular tem dado uma contribuição significativa ao enfraquecimento do evangelho vivido atualmente na igreja brasileira. É onde zabumba de Damião pode se tornar nociva. Quando ela é tocada para fazer a moçada dançar forró. Quando de ferramenta a serviço do Reino, passa a ser um instrumento a serviço da indústria (riquíssima) do entretenimento gospel. A qualidade do que se canta, do que se dança e das peças teatrais, muitas vezes, tem se tornado questionável, pois a base bíblica das letras e dos textos empregados tem dado lugar, desnecessariamente, ao popularesco inócuo. Neste caso a igreja faz um desserviço à cultura e principalmente ao Evangelho.Fazendo uma leitura rápida do Evangelho, de como Jesus se comportava diante da cultura que ele vivia, é notória a sua naturalidade a esse respeito. Ele era um cidadão comum, nem fugia dela, nem tão pouco a exaltava. Ele simplesmente vivia dentro do contexto cultural da época. Quando falava aos pescadores, suas narrativas eram dentro deste contexto cultural. Aos agricultores, suas parábolas eram sobre agricultura. Quando se dirigia aos religiosos Ele usava as Escrituras Sagradas com habilidade e conhecimento. Em meio aos doutores era um erudito que encantava desde a adolescência. Jesus cantava as músicas que todos cantavam, usava vestes iguais a que todos se vestiam, comia o que todos comiam, ia a festas como todo mundo ia… Um homem inserido no meio do povo, de tal forma que para que os que vieram prendê-lo pudesse o reconhecer, foi combinado um sinal, um beijo.Que nós aprendamos com o Mestre, que não tenhamos medo da cultura a ponto de castrá-la, nem tão pouco a utilizemos a serviço do besteirol ou do mercado, fatos tão comuns atualmente. Há uma mensagem maravilhosa a ser pregada. Milhões e milhões de pessoas precisam saber das boas novas. Damião com sua zabumba tem usado este veio maravilhoso, tantos outros discípulos de Jesus têm trilhado nesta mesma direção e produzido com sucesso. Que a igreja possa utilizar com racionalidade de toda riqueza cultural que dispomos, para glorificar a Deus e fazê-lo conhecido entre as nações.

Família e filho de padre morto disputam herança de R$ 5 milhões no interior de MG

Família e filho de padre morto disputam herança de R$ 5 milhões no interior de MG
19.01.2012 - Descobrir quem era o verdadeiro pai sempre foi o sonho do vendedor de pão de queijo Fabrício Augusto Nascentes, 31 anos, natural de Patos de Minas (403 km de Belo Horizonte). A revelação de que seu pai era o padre católico Roldão Gonçalves Rodrigues chegou quando ele tinha 30 anos, em outubro de 2010, dois meses após a morte do padre.
Foi, porém, uma outra descoberta que surpreendeu ainda mais Nascentes: a de que seu pai padre havia acumulado, entre uma missa e outra, uma fortuna avaliada em R$ 5 milhões, entre joias, uma fazenda e outros bens. Tudo seria dividido entre dois irmãos vivos do padre e outros 37 sobrinhos, filhos dos outros seis irmãos dele, já falecidos. Agora, Nascentes enfrenta duas batalhas: o reconhecimento da paternidade e o direito de receber sua parte na herança.
Paternidade
Nascentes conta que soube da identidade do pai por meio de um sobrinho do padre Roldão. “No primeiro momento duvidei, mas depois falei com minha mãe e ela me confirmou. Briguei, porque eu sempre perguntei pelo meu pai e nunca me disseram nada. Ela se explicou e disse que me protegeu da verdade por ter medo de eu ser criticado e ignorado por outras pessoas”, disse.
A confirmação da paternidade foi em abril do ano passado, quando o vendedor de pão de queijo fez um exame de DNA com o sangue dos dois irmãos do padre Roldão Rodrigues. “O exame foi extrajudicial e feito de forma amigável entre as duas partes”, disse o advogado de Fabrício Nascentes, Cleanto Francisco. A mãe de Nascentes prefere não comentar o caso. “Ela já foi muito humilhada. Quando engravidou foi expulsa de casa”, disse o filho.
Herança
O processo está correndo sob segredo de Justiça, porém o vendedor explica que decidiu torná-lo público após uma das sobrinhas do padre Roldão, Evalda das Dores Gonçalves, inaugurar uma clínica de recuperação na fazenda, que está incluída no processo de divisão da herança. “Fiquei indignado, porque o espaço não é dela”, disse.
Evalda explica que o padre deixou um inventário fazendo a doação da fazenda para quem morava com ele. “Ninguém sabia da existência de um filho. A clínica era um sonho do meu tio. Estou dando continuidade ao que ele fez”, disse.
A sobrinha ainda conta que existem três processos envolvendo a fazenda. “Um sobre o testamento que ele deixou, outro para dividir a herança com a família e o terceiro sobre a paternidade do Fabrício”, disse.
O testamento foi contestado pelo advogado de Nascentes. Segundo ele, o documento não foi feito conforme determina a lei. “Todo o processo ainda está em trânsito, mas o inventário já foi anulado quando entramos com processo em Unaí (cidade em que o padre morreu)”, disse.
Durante entrevista concedida por telefone ao UOL, o vendedor disse que a inventariante do processo passou um valor de 8.000 euros e um carro para ele. O advogado de Nascentes preferiu não comentar sobre o assunto. O juiz titular da vara de Família de Patos de Minas, Tenório Silva Santos, disse que não houve nenhuma determinação judicial por parte dele para que fosse repassado algum valor.
Fuga para a Itália
O padre Roldão Gonçalves Rodrigues fazia parte do clero da diocese de Patos de Minas e estava a serviço da diocese de Paracatu, na cidade de Unaí, onde faleceu. Segundo Nascentes, o padre teria sido enviado à Itália após ter engravidado sua mãe.
“Depois de um tempo ele voltou para a cidade”, disse. O UOL tentou falar com a Cúria Diocesana em Patos de Minas e Paracatu sobre o caso, mas não teve resposta.
Fonte: UOL noticias

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

(3/3) Pr Natan - MCM - ( 15 dias Para a volta de JESUS )

(2/3) Pr Natan - MCM - ( 15 dias Para a volta de JESUS )

(1/3) Pr Natan - MCM - ( 15 dias Para a volta de JESUS )

Viva La Reformación! Evangélico, não. Protestante!







Digão
Certas palavras mudam completamente de sentido com o tempo. Se dissermos, por exemplo, que alguém é formidável, estamos dizendo que esta pessoa é incrível, maravilhosa. Certamente se dissermos numa igreja que a obra de Deus é formidável, seremos entendidos como alguém que exalta o nome do Senhor apropriadamente. Afinal, “formidável” é algo, enfim, formidável. Mas, inicialmente, “formidável” é algo que dá medo, assusta.
“Galera” é outra palavra com sentido mudado. Hoje significando ajuntamento de pessoas, galera inicialmente era o navio movido a remada de escravos, coitados.
Aliás, “coitado” também teve seu sentido alterado, de um significado chegando às raias do pornográfico (significava que alguém ficou “derrubado” depois de um período intenso de coito, ou seja, sexo) para algo tão pudico que pode ser dito na mesa do café da manhã junto com as crianças.
“Evangélico” é uma palavra que foi mudada, e para pior. Quando me converti, há 24 anos atrás, o evangélico era alguém mais austero, não muito bem compreendido em uma sociedade de maioria católica, pois insistia em não cultuar santos e imagens. Era um sujeito honesto e que levava a sério a palavra empenhada. Evangélico era aquele que respeitava a família (sua e alheia), que não aceitava leviandades com o nome de Deus, e que se destacava nos estudos e no trabalho. É claro que havia aberrações, mas eram as exceções que confirmavam a regra.
Hoje viramos motivo de piada. Evangélico, hoje, é o sujeito que fala que ama a Deus, mas que vira um animal desembestado na internet saindo em defesa de seus ídolos. Sim, evangélico hoje é idólatra. Mesmo que diga que não reverencia santos, é idólatra porque reverencia pecadores que fazem do discurso religioso seu comércio lucrativo.
Evangélico é aquele que gosta de música brega, bem brega, capaz de corar Jane&Herondy, mas com letras com termos herméticos que só os iniciados compreendem. Evangélico hoje é aquele que não se preocupa com santidade da família, mas faz Terapia do Amor; não se importa tanto assim com trabalho, mas sonha com o toque mágico da unção da prosperidade, versão do sonho da mega-sena para aqueles que não jogam; não procura ser agente transformador da sociedade, antes se tornando um feliz cooptado por ela; não se empenha por estudar a Palavra, mas almeja uma revelação.
Se antes evangélico se alegrava quando a Palavra de Cristo brilhava, hoje se alegra por seu artista gospel preferido estar na trilha sonora da novela. Ainda que nem todos os evangélicos sejam assim, o mau uso da palavra, através do ruidoso péssimo testemunho de alguns, atinge a todos.
É hora de retomarmos outra palavra usada para nos identificar. Devemos retomar nosso não-conformismo, nossa santa indignação, e tirar a poeira da palavra “protestante”. Resgatar seu sentido original na história, que era o de protestar contra a arbitrariedade do imperador Carlos, da Alemanha, que queria empurrar, goela abaixo, um cristianismo de rito romano, abandonando os avanços alcançados pelo movimento reformista iniciado por Lutero.
Protestante é aquele que procura viver a vida de acordo com a Palavra, compreendida através da lente das “cinco solas” (só a graça, só a fé, só as Escrituras, só Cristo, glória só a Deus), descartando acréscimos.
Protestante é aquele que entende que a soberania de Deus abarca também o Seu amor, e não é algo excludente. Protestante é aquele que entende que o seu primeiro mandato é o de redimir a cultura, para que possa refletir o caráter bondoso de Deus, que presenteou a humanidade com tanta gente de talento.
Protestante é aquele que entende que revelações extra-bíblicas são forjadas na ante-sala de belzebu, e que, por isso mesmo, precisa conhecer a fundo a fonte original, a Bíblia.
Enfim, protestante é aquele que não se deixa seduzir com o canto da sereia do mundo, antes procura amoldar-se à vontade de Deus. Portanto, prefiro ser esta metamorfose ambulante chamada de “protestante” a ser chamado de “evangélico”.
Quero que minha vida glorifique a Deus, e não que envergonhe Seu nome. Quero ser alguém que traga a boa notícia de Jesus, e não alguém que aprisione outros pelo ferrolho desta religiosidade estéril. Quero ser portador da paz. Não quero ser “formidável”.
Digão procura o sentido das palavras e da Palavra e compartilha aqui no Genizah.
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